segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ciclos...

Quando criança achava tudo tão grande, tão colorido, imensamente belo. Lembro que na minha pequenez o corredor da escola era enorme, achava tão desinteressante ter que ir a escola, a não ser pelas brincadeiras na hora do recreio.
Percebi que o tempo passou e que eu mudei, não falo das mudanças físicas, pois essas são visíveis, mas das minhas mudanças internas, amadurecer não dói, mas deixar a irresponsabilidade própria da infância, não é fácil...
Hoje sou adulta, mas continuo com a minha pequenez de sempre, e querendo as mesmas coisas de criança, me divertir. Só mudou o ângulo que hoje enxergo as coisas, o que antes era um corredor, agora é um mundo inteiro.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Paixões da vida..Parte I

Você é o único que relmente não merece um texto meu, um choro meu, ou um pensamento, mas hoje você conseguiu os três. Conseguiu porque num momento em que eu tô me sentindo mais segura, gostosa, bonita e bem maquiada, você é o único que tem a coragem de tirar onda comigo e fazer eu rever meus conceitos de beleza, bem-estar, estabilidade emocional e maquiagem perfeita.
Não sei o que passa na sua cabeça quando você fica me observando, talvez me ache uma metida que não tá nem aí pra ninguém e por isso você me testa pra ver se eu perco a pose e o jeito indiferente ou talvez você só queira me castigar porque não consegue ficar sem me olhar. Talvez por tudo isso, você mereça esse texto hoje, de madrugada.
Você me tira o sono, me deixa desestruturada, simplesmente porque me olha super apaixonado e no mesmo instante frio. Porque você faz questão da minha presença e me esnoba o quanto pode. Porque você adora me irritar, mas quando vê que eu não te dou bola, corre e pede desculpa. E porque você não merece nada de mim, nem esse texto.
Você e eu não combina, é a coisa mais sem lógica do mundo, seria loucura, falta do que fazer. Mas, nem a mulher mais segura do mundo conseguiria não borrar a maquiagem com você.
Obs: texto escrito numa dessas madrugadas da vida, pra alguém, que na verdade não me recordo quem seja!
Tamires Souza

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Às vezes me lembro dele . Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca mais nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas pra serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar e - principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custava a reconhecê-lo
(Caio Fernando de Abreu)
Ah, o Caio sempre me entende!
Por Tamires Souza

Alimentos para o corpo e para alma...

Estava aqui a lembrar das coisas que fazem com que nos sintamos bem com nós e com o mundo. Correr na praia (correr não, caminhar, assim observamos com calma a paisagem), sentar em um boteco com aquele amigo que não vemos a anos e lembrar do passado não tão distante assim, almoço de domingo com a família, cinema às 23:45 numa sexta-feira, falar da infância de madrugada com a irmã mais velha, comer chocolate vendo aquele filme que já passou na TV umas mil vezes, ouvir Elvis, Madeleine Peyroux e Johnny Cash em dias de chuva e Freddy Mercury, Nina Simone e Ella Fitzgerald em dias de sol, ler poemas da Ana Cristina César e cartas do Caio Fernando em um sábado a noite acompanhada apenas de uma taça de vinho tinto, dançar loucamente sem se importar com que os outros vão falar (e eles vão falar, pode apostar nisso!), namorar, namorar, namorar e isso S-E-M-P-R-E porque é assim que Deus quer, dormir no colo da mãe, fazer confissões que você sempre achou inconfessáveis a melhor amiga, rir, rir muito, mas não tanto ao ponto que achem você um idiota ou que tenha algum problema mental, ouvir elogios nem que sejam do porteiro do seu prédio só para que seu ego super feminino seja massageado, ir ao salão de beleza pra ouvir as mazelas das outras e você se sentir bem com isso (somos humanos, acontece!), ir a praia e notar que não esta tão mal assim, brincar com uma criança, sair do shopping cheia de sacolas, tomar um litro de sorvete sozinha, jogar sinuca num barzinho legal, viajar e fazer novas descobertas, trabalhar naquilo que te dar prazer, conhecer pessoas interessantes (mas não tão interessantes que com o tempo faça com que você perca o interesse nelas)...São tantas coisas que ficaria aqui dias, meses, anos...listando tudo aquilo que nos fazem felizes, mas vou fazer melhor, vou sair e viver tudo, e acho que você depois de ler tudo isso deve ter ficado com a mesma vontade, então saia. E quem sabe não nos encontramos, por aí?!

Paula Reis

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Doces dias...

O tal do amor, estranhas são as pessoas quando amam, não sei nem se posso chamar de estranhas, mas ficamos “diferentes”, meio infantis, digo ficamos porque estou amando, estou amando a um bom tempo e como eu mudei.

Me descobri amando quando me peguei sentindo falta dele, da presença, da risada fácil , dos beijos inesperados...Como pode aquele cara que de inicio não me despertou nada, de uma hora pra outra começa a fazer uma falta tão grande? Me perguntei isso por longos dias, mas em seguida resolvi parar de fazer tantas indagações e corri, corri muito pra viver tudo aquilo que eu sabia que merecia e como é bom viver, como é bom viver com ele.

Pego-me pensando nele todo o tempo, e sinto seu cheiro mesmo quando não está presente, sonhar com ele então é uma constante, falo com voz de criança pedindo dengo, choro algumas noites com saudade, mas imediatamente me vejo sorrindo porque sei que é mais um dia que se vai e logo estaremos juntos, parei de pensar só em mim agora programo coisas para dois e tudo que compro para mim é pensando nele, afinal sou dele e me arrumo pra ele, e passei a gostar até dos defeitos, não que sejam muitos, na verdade são quase impercebíveis, mas nossa como ele fica lindo quando faz suas “chatices” de sempre.

E como explicar essas coisas? E pra que explicar também?! O bom disso tudo é, sentir... E o amor continua fazendo coisas, que até mesmo Deus duvida.


Paula Reis

"Foi só saudade?"

Nossa! Quanto tempo, anos pra melhor dizer. Sonhei com você essa noite, foi lindo, um reencontro maravilhoso, diferente de tudo que eu sonhei pra gente quando eu ainda pensava em você, é por que faz tempo que não penso mais.
A verdade é que o tempo realmente passa, a dor fica esquecida e nossa vida toma outros rumos, apresenta outras prioridades. Eu acho que se a gente realmente se reencontrasse não teria dores, nem lágrimas, nem emoções. Seria simples, terno, até alegre. Eu mudei tanto, você nem imagina o quanto, acho que você também mudou, talvez tenha amadurecido.
Eu tomei coragem e perguntei de você pra um amigo em comum, ele me disse que você estava bem, trabalhando e estudando, foi objetivo, não entrou em detalhes, nem eu perguntei mais nada. Foquei na única palavra que me importava, “BEM”, ele disse que você está bem. Isso era só o que eu queria saber, fiquei feliz, assumo. O sonho me deixou perturbada, foi tão real, acordei com uma agonia no peito, passei o dia inteiro me perguntando por que tinha sonhado com você, já que faz tanto tempo que não tenho notícias suas e não temos nenhum tipo de contato. Fiquei lembrando da gente, de tudo que aconteceu, do que não que aconteceu e como foi que a gente se perdeu um do outro. Me questionei se era realmente amor naquela época, afinal, a gente era tão novo, ainda somos na verdade, mas era tudo tão ingênuo, puro, infantil. Não cheguei à conclusão nenhuma, só de que você fez parte dos melhores anos da minha vida e torço pra que esteja sempre bem. E hoje, sinto muito que a imaturidade e orgulho totalmente mais intensos na adolescência tenham sido os responsáveis pela nossa perda de contato.
Espero que você ainda me guarde em algum lugar da sua memória, mais do que nas fotos e que se algum dia o destino permitir, que a gente tenha um reencontro bacana, que um conte as novidades pro outro, e que tudo aconteça docemente.
Tamires Souza

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Confissões de gravador.

Odeio silêncios, ainda mais os silêncios que ferem, os que são produzidos apenas para maltratar, odeio. Prefiro que fale, grite, berre, chore, reclame com o papa ou com o bispo, que bata...Mas não fique em silêncio, porque o seu silêncio é a minha não paz, é o choro que tenho que calar porque ninguém pode saber que você não tem me feito tão feliz como tento demonstrar, é a indiferença que tento achar nomes para disfarçá-la. Tenho andado perdida nas tentativas de achar soluções para problemas que não criei.


Paula Reis

Vê se me esquece- Alice Ruiz e Itamar Assumpção



Já que você não aparece venho por meio desta
devolver o teu faroeste o teu papel de seda
as tuas meias bege tome também teu buquê
leve teu ultraleve carteira de saúde
tua receita de quibe de quibebe
do diabo que te carregue te carregue te carregue
do diabo que te carregue
teu truque sujo teu hálito teu flerte tua prancha de surfe
tua idéia sem verve que nada disso me serve
já que você não merece devolva minhas preces
meu canto meu amor meu tempo por favor e minha alegria que naquele dia só te emprestei por uns dias
e é tudo que me pertence
PS: já que você foi embora porque não desaparece



Já quis tanto dizer isso...


Paula Reis

Cuidando bem de mim...

Não sei se vocês conseguirão me entender, mas isso não é o que procuro aqui, na verdade quero apenas desabafar, por pra fora, só peço a todos, paciência...Esses últimos dias tem sido complicados, difíceis eu diria, e é o momento que você começa a perceber que por mais amigos que tenha e por mais solícitos que eles sejam, você precisa ficar sozinho e pensar, até mesmo porque falar, falar, falar...não resolve, e acaba sendo mais gente pra se meter na sua vida, o que é péssimo.
Quando você faz esse "exame de consciência" (acho que posso chamar assim), começa a perceber que os problemas não são tão grandes como parecem ser, talvez até sejam, mas você aprende a não dar tanta importância, e as brigas que antes dilaceravam corações, viram apenas briguinhas tolas, tão tolas quanto os motivos que as levaram a acontecerem.
E são essas pequenas coisas que fazem com que mudemos, e essas mudanças serão tão sua que ninguém provavelmente vai perceber, mas isso não a invalida, pelo contrário, vamos deixar de lado isso de se importar tanto com o que as pessoas pensam e falam de nós, quando fazemos isso temos uma sensação de liberdade, sem tamanho.



Paula Reis